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O MTST, suas lutas

e os que ficaram no caminho

A ocupação Marielle Franco foi fruto de uma ação direta de trabalhadores urbanos periféricos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. O MTST busca criar condições para que esse grupo de pessoas marginalizadas pelo poder público se organize em busca de reivindicar seus direitos. O principal deles: a moradia. 

Foto: Victor Augusto / PRESENTE!

Nesse sentido, o MTST concentra suas forças na ação direta. Isso o diferencia de outros movimentos urbanos, que preferem os trâmites institucionais para chegarem aos seus objetivos. Por isso, a bandeira do Movimento acaba sendo alvo da mídia e ações violentas com mais frequência.

Nos últimos dois anos, pelo menos cinco líderes do MTST foram assassinados no país. Dois deles em Recife. Foram eles José Bernardo da Silva (líder do MST em Pernambuco) e Eraldo Lima Costa e Silva (líder do MST no Recife).

No dia 20 de junho de 2017, José caminhava com a esposa e filha às margens da BR-336, nas imediações do  Assentamento Agrovila IV. Lá, uma caminhonete de luxo se aproximou, um homem desceu do veículo e efetuou vários disparos contra o líder.  A mulher e a filha conseguiram fugir para um matagal.

Segunda-feira, 19 de junho de 2017: por volta das 20h Eraldo Lima estava no seu barraco, que ficava em uma ocupação na Guabiraba, Zona Norte do Recife, quando quatro homens encapuzados o arrastaram para fora de casa e o executaram em plena BR-101 com quatro disparos.

Nesse sentido, é possível perceber que a luta nem sempre é fácil e pode acabar de forma trágica. As mortes mostram que a questão da moradia é delicada e toca nos interesses de pessoas com o poder e dinheiro necessários para ordenar execuções.

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